Um zine do gueto
Do final dos anos 1990 até o início dos 2000, todas estas vertentes do Hip Hop, principalmente suas versões pelotenses, estiveram presentes e encontraram espaço para divulgação e debate em uma publicação feita por quem vive a manifestação cultural diariamente. Foi em 1998 que Jair Brown criou o zine Batida de rua, com o objetivo de espraiar para outros lugares o que se fazia em relação ao hip hop na cidade.
Do final dos anos 1990 até o início dos 2000, todas estas vertentes do Hip Hop, principalmente suas versões pelotenses, estiveram presentes e encontraram espaço para divulgação e debate em uma publicação feita por quem vive a manifestação cultural diariamente. Foi em 1998 que Jair Brown criou o zine Batida de rua, com o objetivo de espraiar para outros lugares o que se fazia em relação ao hip hop na cidade.
Pegou então outros fanzines para se
basear, chamou Elio Stolz e decidiu lançar o seu. O início foi
complicado, como toda produção independente: Brown não sabia muito bem
como imprimir e o custo era muito elevado para uma iniciativa sem muitos
apoios. "O primeiro fui eu que escrevi inteiro, mas depois fui
agregando pessoas que se identificassem com a proposta para darem sua
contribuição", conta.
Brown explica que Batida de rua foi
criado com a intenção de destacar Pelotas. "Tínhamos um monte de grupos
de rap, dança e grafite, mas muita gente achava que na cidade só tinha
gaudério", diz, contando que passou a mandá-lo para outros lugares
através de trocas com outras pessoas do país inteiro. "Até hoje tem
gente que ainda me pede", conta.
E ele pretende voltar: a ideia era
retornar com o Batida de rua já este ano, mas outros projetos impediram.
Para 2015 deve acontecer. "Sinto que está fazendo falta pro pessoal do
hip hop, tem muita gente hoje consumindo a 'cultura bunda', que não
ensina nada. A molecada podia estar aprendendo algo cultural e se
perde", comenta.
Por: Leon Sanguiné ( Diario Popular)
Nenhum comentário:
Postar um comentário